quarta-feira, julho 15, 2015

Virando os 30 por entre os dedos...

Da última vez em que estive aqui não habitava o vasto e profundo universo balzaquiano. Contudo, os 29 já me colocavam em estado de agitação e ansiedade. Em fevereiro de 2014, escrevera sobre saudade e não foram necessários nem dois anos para que essa saudade cessasse (pode ler pela primeira vez ou de novo bem aqui). Seria a tão falada maturidade?
É difícil definirmos o status de maturidade a nós mesmos. Como sabermos se evoluímos mesmo ou não, se deixamos mesmo de ver as coisas da mesma forma ou se é só um momento. A única coisa que temos é a sensação. Durante uma conversa com uma amiga ainda este mês, entre pizzas e vinhos, falamos acerca de crescimento e ambas concordamos que após os tais 30 nos tornamos mais reservadas. A vontade de contar algo a alguém, a ansiedade por tornar público todo tipo de conquista ou alegria, o que buscamos nos relacionamentos, o que sentimentos; tudo isso agora fica mais dentro de nós, é bem mais difícil querer botar pra fora. Há também a dificuldade de encontrar alguém compatível para entender o que passamos, inclusive.
Então percebi que no lugar da saudade e de uma nostalgia um tanto quanto precoce entrou a profundidade da reserva pessoal, reserva dos sentimentos. Momento propício para que eu me conheça mais, entenda melhor cada passo que foi dado e cada um que virá a seguir. O que me acrescenta e o que eu posso jogar fora, o que já foi bom mas agora machuca, enfim, o que vale a pena. 
A conclusão deixou-me feliz por demais. Menos insegurança, mais aprendizado e com isso, mais vida. A era de balzac, ao contrário do que dizem, só me tem trazido luz.

"(...)São fortes as mulheres de 30. E não têm pressa pra nada. Sabem aonde vão chegar. E sempre chegam.
Chegam lá atrás, no Balzac: 'A mulher de 30 anos satisfaz tudo'. 
Ponto. Pra elas." Mario Prata